Relatórios PIBID

Relato de Prática Docente no Colégio Estadual Ayrton Senna

Autora: Cassia Luzia Palmeira Müller
Coordenador: Professor Dr. Marco Antonio Arantes
UNIOESTE – Campus de Toledo – PR


RELATÓRIO DE REGÊNCIA - PRECONCEITO, DISCRIMINAÇÃO E RACISMO

           
O presente relato trata sobre a experiência de regência vivenciada no Colégio Estadual Ayrton Senna a qual se intitulou “Preconceito, Discriminação e Racismo". O objetivo da proposta foi apresentar os princípios teórico-metodológicos que nortearam a referida prática docente, bem como analisar os elementos confluentes resultantes deste mesmo processo, buscando-se, ainda, compreendê-los enquanto fenômeno educativo no âmbito do processo de ensino-aprendizagem.
Para tanto, inúmeros aspectos podem ser considerados sobre o tema em questão: primeiramente, depois de abordados os conteúdos por meio do método expositivo, tão qual planejado, notei que os alunos apresentavam concepções estigmatizadas e distorcidas a respeito do racismo. Tal fato se comprovou por meio dos depoimentos espontâneos, os quais afirmavam que a única forma de racismo era do branco para com o negro, e que esta forma de discriminação havia surgido no continente africano, onde seus nativos passaram a sofrer, em tempos longínquos, com a ostensiva discriminação dos europeus.
            Contudo, pasmaram-se ao serem esclarecidos de que o racismo havia surgido na Espanha, em meados do século XV, e que esta forma primária de higienização deu-se por via da religião, onde um frei chamado Prudêncio de Sandoval pregava o extermínio a judeus e muçulmanos. O súbito continuou e, por ora, se intensificou quando lhes contei que, mais tarde, - em meados do século XVI, na França, - uma nova forma de racismo tomou corpo: distinção racista entre duas raças, quais eram os nobres e o povo, ou seja, ricos e pobres.
            Em vista de tais comentários, valho-me ressaltar que os alunos ficaram tão estarrecidos que, quando eu usava a expressão: “vamos, povo!”, querendo dizer: “vamos lá, quem sabe?!” reclamavam e diziam que não queriam mais fazer parte do povo, já que povo, historicamente, estaria então ligado à pobreza, a algo medíocre e pormenorizado. Outros alunos iniciaram um debate bastante oportuno, pois se defendiam tomando posição dos pobres e acusando os “renegados” de serem preconceituosos em relação aos pobres. Estes, por sua vez, também acusavam os “renegados” de “burgueses”, “riquinhos”, contra atacando o grupo dos mais novos adversários que ali mesmo haviam se tornado. 
            Após algum tempo de debate, senti-me na obrigação ética de realizar uma intervenção onde trouxe a questão: Estão percebendo como ambos os grupos estão sendo preconceituosos? Grande silêncio se fez naquele momento com olhares voltados à consciência (pude notar). Foi quando pensei ser melhor dar sequência ao conteúdo a fim de potencializar o efeito catártico da situação que ali havia se condensado.
            Para tanto, disponibilizei uma folha de sulfite, tamanho “A4”, a todos os presentes, pedindo que escrevessem o que mais repudiavam no outro. Durante a atividade, pude perceber expressões das mais adversas, as quais se situavam entre a raiva e o ódio; o rancor e a hostilidade; o desprezo e a vingança; e, indubitavelmente, uma gama infinita e inimaginável de sentimentos análogos que por ali se confluíam. De fato, uma sombra pairou naquela sala durante longos minutos. Podia claramente sentir aquilo.
            Após longo empenho, dedicado ao repúdio alheio, os alunos mostraram-se ainda mais irados ao receberem as diretrizes que os instruíam a não proferirem os emplastrados polifonéticos, os quais haviam tanto se empenhado. Ainda, não poucos, verbalizaram a intenção real de exteriorizar o produto de farpado labor: “_ Por que não posso falar?!... Ah!... “Me deixa falar, pssora!”...
            Diante de intenso ocorrido, interrompi-os indagando-lhes sobre o porquê de tamanha rejeição ao outro, explicando-lhes sobre fato de que o indivíduo só se reconhece frente ao outro, pois se o mesmo só se reconhece ante a outro, não seria este outro a personificação daquilo que repudio em mim?! Novamente um instante de silêncio se fez na sala.
Aproveitando a atmosfera ali reinstalada, pedi, então, que todos rasgassem, sem hesitar, o papel que haviam alguns minutos se dedicado. Novamente o espanto generalizou-se, contudo, permaneceram cabisbaixos e solícitos às novas recomendações. Via-se, um a um, a caminho da lixeira. Para lá reconduziram o subproduto de suas manifestações mais íntimas, porém humanamente exeqüíveis.
Daquele momento em diante, foi perceptível o cumprimento dos objetivos educacionais aos quais, previamente, havia me incumbido de empenhar-me, tomando por base a metodologia que, julgava, ser a mais adequada. Dei-me, assim, por satisfeita.


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Relato de Experiência Docente no Colégio Estadual Ayrton Senna

Autora: Monique Oliveira
Coordenador: Marco Antonio Arantes
Projeto PIBID: Vivenciando a Escola: Incentivo à Prática Docente
Subprojeto de Sociologia
Unioeste – Campus de Toledo

Este relato tem por objetivo apresentar a experiência como docente enquanto bolsista do Projeto de Iniciação a Docência – PIBID no Colégio Estadual Ayrton Senna Toledo/PR. Partindo do relato da pratica em sala de aula procuro demonstrar a importância da relação teoria e prática, e as dificuldades encontradas na consolidação da disciplina de sociologia.
Numa rápida análise histórica do Colégio Ayrton Senna, contidos em seu Projeto Político Pedagógico, vimos que a implantação do Colégio Ayrton Senna, acompanha o processo de desenvolvimento e o crescimento populacional do bairro São Francisco onde o colégio situa-se, e do município de Toledo.
O Colégio Ayrton Senna recebe atualmente cerca de 1000 estudantes matriculados, sendo estes em sua maioria oriundos do próprio bairro.
De acordo com as atividades previstas pelo PIBID tive a oportunidade de ministrar aulas em turmas do ensino médio. Tais aulas foram ministradas seguindo a seqüência de aulas do planejamento do Professor de Sociologia.
Desde minha entrada no Projeto em maio de 2012 realizei três regências neste colégio, com turmas do 1° e 3° ano, matutino e noturno respectivamente.
Minha ultima regência foi realizada dia 10 de agosto na turma do 3° ano integrado ao Curso Técnico em Edificações, noturno e é esta regência que relato aqui.
A turma na qual realizei a regência era formada por oito alunos, os quais foram buscados e trazidos pelo professor de sociologia da biblioteca e do pátio da escola para a sala de aula. Este acontecimento despertou em mim a sensação de desinteresse dos alunos pela disciplina de sociologia e mesmo uma subestimação por parte destes da necessidade e importância da disciplina. Com aproximadamente 15 minutos de atraso a aula se inicia, me apresento como bolsista do projeto PIBID acadêmica do curso de Ciências Sociais, o tema da aula era Sociedade de Consumo - Da questão da Necessidade á Obsolescência da Mercadoria.
Inicio a aula com a exibição do filme A História da Coisas que reflete sobre o processo de extração, produção até a venda, consumo e descarte, de todos os produtos em nossa vida.
Após alguns comentários breves a cerca do vídeo exibido a primeira aula chega ao fim, durante o intervalo fico em sala de aula aguardando o retorno dos alunos, 15 minutos depois iniciamos a segunda aula.
Inicio tratando a Questão da Necessidade como fator determinante para o desenvolvimento e evolução do homem. Perpassamos pela questão do trabalho onde discutimos os conceitos valor - de - uso e valor – de - troca das mercadorias usando exemplos do cotidiano dos alunos.
Uma vez compreendido que a questão da necessidade se expandiu no capitalismo avançamos para questão da obsolescência da mercadoria, conceito este que nenhum dos alunos em sala havia ouvido falar.
No decorrer da aula houve algumas intervenções por parte dos alunos, dúvidas pontuais e comentários sobre o vídeo e exemplos utilizados.
Conversamos sobre autores já conhecidos que tratam do tema, como Marx e Engels e lhe apresentei novos autores, como Haug e Mesários.
A aula em si teve um caráter de diálogo, onde através da conversa e troca de experiências introduzi a temática, depois de estimulados os alunos participaram com suas experiências, dúvidas e questões.
Após esta experiência acredito que um dos maiores desafios do professor de sociologia em sala de aula é despertar o interesse dos alunos pela disciplina e pelo pensamento sociológico.
Compreendendo que a disciplina de sociologia como a de filosofia foi reintegrada há pouco tempo a grade escolar após longos anos de recesso durante a ditadura militar, temos um longo caminho pela frente.
Acredito ser um dos primeiros passos a consolidação da disciplina de sociologia como uma disciplina determinante e insidispensável á formação do ser humano como qualquer outra disciplina exigindo, diante disso carga horária correspondente.
Como forma de estimulo ao interesse dos alunos pela disciplina, entendo como indispensável e de imensa importância o apoio e a promoção da instituição escolar e do sistema educacional como um todo á projetos que visem à aproximação da teoria a vida pratica do estudante. Através de saídas de campo, visita a espaços de valor histórico e político, promoção de pequenos eventos na escola que desenvolvam e estimulem o pensamento sociológico e, sobretudo critico dos estudantes temos a chance de resgatar a sociologia do mundo das idéias no qual muitas vezes encontra se submersa integrando-a a realidade pratica e objetiva.
A importante experiência de prática docente do estudante de licenciatura só se torna possível através do PIBID.
O PIBID tenciona criar uma relação entre a teoria acadêmica e a pratica da licenciatura exercida nas escolas da rede publica. Dentre seus objetos, esta a intenção de promover a aproximação entre a universidade e a escola uma vez que percebemos um distanciamento entre ambas.

23 comentários:

  1. Relatório de Atividades PIBID - 2011
    Bolsista: Juliana Almeida Matos

    1-Introdução

    Dadas as tensões existentes no universo do ensino-aprendizagem da educação básica brasileira, programas como o PIBID – Programa Institucional de Incentivo à Docência – têm a sua existência justificada. Gerenciado pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), o PIBID tem como função primordial incentivar a formação de professores para compor o quadro da educação básica e a elevação da qualidade da escola pública. Na prática, os intentos são concentrados, a partir da imersão no cotidiano escolar, no planejamento e participação em experiências metodológicas e práticas que envolvem a docência, almejando contribuir para a superação dos problemas identificados no processo educativo.
    Em nosso caso particular, de acordo com o contexto de incorporação da Sociologia, enquanto espaço de realização das Ciências Sociais na Escola Média, muito têm se problematizado acerca do seu papel e da sua forma de atuação nesta modalidade de ensino. Ainda não existe o estabelecimento de um consenso quanto a sua funcionalidade nas matrizes curriculares das Instituições Escolares, nem quanto aos recursos pedagógicos a serem ministrados – há, por exemplo, os que acreditam na efetividade da disciplina enquanto promotora do senso crítico, contribuindo para a desnaturalização dos processos sociais, ou então como fomentadora do livre pensamento. E é neste bojo, que o PIBID de Ciências Sociais, tem um papel importante e desafiador, por assim dizer, na medida em que deve contribuir diretamente para a consolidação e permanência da Sociologia no âmbito do Ensino Médio – corroborando, principalmente, na demarcação de sua finalidade –, a partir da reflexão e da elaboração de metodologias de ensino que tornem a teoria das Ciências Sociais acessível e interessante à formação de jovens.
    Assim, de forma específica o PIBID de Ciências Sociais da UNIOESTE (Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Campus de Toledo), tem o seu grupo composto por dez alunos da graduação em licenciatura do curso de Ciências Sociais, dois professores supervisores que atuam nas escolas onde o PIBID executa os seus trabalhos e mais um professor coordenador, docente do curso de Ciências Sociais. As atividades, de modo geral, são planejadas no interior do grupo, assim como as discussões teórico-metodológicas que norteiam a esfera da Educação. Para que seja possível, conjugar a teoria com a prática educativa, escolas da rede pública são contempladas com a atuação do PIBID, em Toledo as escolas participantes são: o Colégio Estadual Jardim Porto Alegre, o Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBJA) e o Colégio Estadual Ayrton Senna.

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  2. Relatório de Atividades PIBID - 2011
    Bolsista: Juliana Almeida Matos

    2-Descrição das Atividades Desenvolvidas no Ano de 2011
    As atividades no grupo PIBID de Ciências Sociais, da autora deste relatório, tiveram início no mês de maio do corrente ano, desde então, muito foi apreendido e produzido no domínio da teoria e da prática educativa. De forma geral, os trabalhos foram realizados de forma bastante satisfatória e produtiva.
    Precisamente, a rotina de atividades que envolveram o PIBID durante todo ano se constituíram nas reuniões semanais, no comparecimento às Entidades de Ensino “filiadas” e na participação em eventos que abarcam as problematizações sobre a prática docente. As reuniões, sucedidas nas sextas-feiras de todo mês no interior da Universidade, tinham, em geral, de duas a três horas de duração, momento em que foram discutidos textos abordando as temáticas educacionais e que auxiliaram os participantes a avançar na reflexão e compreensão do fenômeno educativo, de seus processos e problemáticas. A teoria debatida agrega conhecimento para além daquela apreendida em sala de aula, e nos dá respaldo para, a partir de um entendimento mais global acerca da dimensão educativa – enquanto acadêmicos e futuros profissionais da educação – elaborar novas prerrogativas e metodologias de ensino-aprendizagem. A título de exemplo, teorias como as propostas por Dermeval Savianni, John Dewey, Karl Mannheim, Zygmunt Bauman, dentre outros, foram contempladas durante as discussões empreendidas pelo grupo.
    Quanto às atividades desenvolvidas nas Escolas associadas à realização do PIBID, participei diretamente do cotidiano escolar elaborado pelo Colégio Estadual Jardim Porto Alegre – situado na cidade de Toledo/PR à Rua Paraná, número 299 – e consequentemente, do trabalho da professora supervisora Marissa Egger. O comparecimento à Instituição ocorria uma vez a cada semana, geralmente nas sextas-feiras no período da manhã. A participação e colaboração nas aulas da professora supervisora, a elaboração de projetos na Escola e a experiência da prática docente circundam as ações da autora do relatório no espaço da Escola. Neste sentido, a vivência da prática docente, se deu diretamente, pela aplicação de avaliações, às intervenções feitas durante as aulas da professora supervisora – requeridas pela mesma, no intento de permitir a minha contribuição no exercício e aplicação dos temas sociológicos em sala de aula – e ao ministrar a aula intitulada ‘“Você tem fome de quê?” Trabalho, emprego e desemprego: conceitos e movimentos do modo de produção capitalista.’, todas solicitadas pela professora supervisora e dirigidas às turmas do Ensino Médio da Escola.

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  3. Relatório de Atividades PIBID - 2011
    Bolsista: Juliana Almeida Matos

    2-Descrição das Atividades Desenvolvidas no Ano de 2011 (cont.)

    A aula, realizada no dia vinte e nove de agosto, apresentou como objetivo central a elucidação das categorias trabalho, emprego e desemprego – tendo como referência a teoria marxiana – e como intentos secundários, mas não menos importantes, empreender problematizações sobre as formas concretas historicamente assumidas pelo trabalho e pelo emprego e também, sobre o cenário contemporâneo de precarização do trabalho.
    Para que as finalidades da regência fossem atendidas, fez-se o uso da metodologia da tempestade de ideias, partindo da pergunta “Você tem fome de quê?!” visando apreender as noções existentes entre os alunos acerca das categorias de trabalho e emprego, bem como das articulações vigentes entre as suas necessidades objetivas e subjetivas (enquanto sujeitos históricos) com o universo do trabalho, partindo então, de sua realidade concreta – enquanto apreensão prévia sobre o tema da aula –, para as futuras problematizações. Fazendo uso da apresentação de slides, vídeo e música, a aula pôde ter, em certa medida, o seu objetivo concretizado. Os alunos se mostraram bastante participativos e interessados, acreditando-se assim, que a dinâmica proposta pela regência, contribuiu para contínuas reflexões acerca da realidade social concreta da qual fazem parte o público participante e da vinculação da mesma com os processos globais existentes no que concerne ao universo do trabalho.
    No que concerne ao desenvolvimento de projetos na Escola, houve a realização da Pré-Conferência Livre da Juventude – ocorrida no dia 23 de agosto do corrente ano – que fomentada pelo Conselho Nacional da Juventude e pela Secretaria Nacional da Juventude, teve como desígnio primordial tornar público aos estudantes do Ensino Médio do Colégio Estadual Jardim Porto Alegre o acontecimento e o conteúdo da 2ª Conferência Nacional da Juventude, que tem sua data marcada para a segunda quinzena do mês de dezembro deste ano, na cidade de Brasília. A Conferência em âmbito nacional tem o intuito de elaborar propostas que auxiliem no fortalecimento da garantia dos direitos da juventude brasileira e, neste sentido, para que exista um maior efeito na formulação das políticas públicas voltadas a atender o público jovem de todo o país, se fez necessário à realização de Conferências nas esferas municipais, regionais e estaduais, anteriormente. De modo que, as demandas evidenciadas pelo público do Colégio Jardim Porto Alegre, serão unificadas com as identificadas por outros jovens da cidade de Toledo, a fim de totalizar com as necessidades da população jovem do Estado do Paraná e do Brasil, instrumentos menos insolúveis para definir os direitos da juventude, as políticas e programas prioritários para garanti-los, além de apontar mecanismos de participação com vistas a envolver o maior número possível de jovens brasileiros.
    Promovida, a nível municipal, por jovens pertencentes a grupos da sociedade civil organizada, a Pré-Conferência Livre totalizou um público de 22 alunos e teve dificuldades em ser efetivada, em razão de que grande parte do contingente de estudantes aguardados não compareceu, mesmo existindo divulgação prévia. Além disso, os estudantes que estiveram presentes apresentaram resistências a se envolverem com a finalidade do projeto e, neste sentido, observou-se o reflexo da ausência do exercício de participação política e mesmo o desconhecimento, por parte dos alunos, de seus direitos de intervirem, enquanto agentes políticos, na construção de um projeto societário mais satisfatório. A Instituição de Ensino foi solícita ao oportunizar que o projeto fosse desenvolvido, contudo não colaborou ativamente para o êxito do mesmo.

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  4. Relatório de Atividades PIBID - 2011
    Bolsista: Juliana Almeida Matos

    2-Descrição das Atividades Desenvolvidas no Ano de 2011 (cont.)

    Agora, no âmbito dos projetos realizados por iniciativa da Escola, durante o período de convívio com a Instituição, foi possível presenciar a realização de alguns projetos de caráter interdisciplinar e com competências transversais entre as disciplinas curriculares. Um deles foi a “VI Mostra Tribos e Nações”, que ocorreu no dia 25 de agosto, trazendo como tema a sustentabilidade.
    O “Tribos e Nações” têm como objetivo promover o acesso, aos alunos; professores; funcionários da Escola e à comunidade circundante, aos aspectos culturais, econômicos e geográficos característicos de outras nações, tendo como ponto de partida um tema norteador, como foi o caso, neste ano, da sustentabilidade. Em sua sexta edição, o evento se propôs a travar um diálogo entre as diferenças estruturais das diversas nações com os seus projetos de promoção ao desenvolvimento sustentável. Assim, foram montados treze stands, onde cada um representava um país ou uma tribo (que, também, deveria caracterizar a cultura de algum dos países em exposição) em que os alunos do Ensino Médio, buscaram, então, apresentar a abordagem das nações escolhidas em relação aos seus projetos de sustentabilidade. Aliado a isso, ocorreram, também, apresentações culturais protagonizadas pelos alunos do Colégio.
    O evento contou com o envolvimento de todos os professores da Escola, coordenando os alunos em suas pesquisas anteriores à apresentação, ou mesmo expondo atividades em stands. Além de proporcionar a comunicação entre as diversas disciplinas elencadas na matriz curricular do Ensino Médio, o “Tribos e Nações”, cria um ambiente que permite aproximar Escola e Comunidade. Este projeto, por fim, aliado a outros, se faz importante na medida em que estimula o desenvolvimento de habilidades e competências dos alunos, nos mais diversos âmbitos; envolve professores, alunos e funcionários em atividades que rompem com a formalidade e a rigidez, em muito, conferida ao ambiente escolar; permite a aproximação entre Escola e comunidade e, ainda, oportuniza o diálogo entre as distintas áreas do conhecimento presentes na matriz curricular do Colégio, fazendo com que novas metodologias de ensino e aprendizagem sejam processadas. E ainda, permite para os acadêmicos participantes do PIBID uma maior apreensão sobre a realidade das relações que envolvem o cotidiano escolar, para além daquela diretamente ligada à prática docente de Sociologia.

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  5. Relatório de Atividades PIBID - 2011
    Bolsista: Cássia Luzia Palmeira Müller

    INTRODUÇÃO
    O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, referente ao Curso de Licenciatura em Ciências Sociais, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE, - campus de Toledo, está conveniado a esta universidade desde 2010, tendo como objetivo principal a formação complementar de discentes para a prática docente.
    Por tais vias, o referido programa se efetiva por meio de atividades distintas que, por sua vez, impreterivelmente, devem compor a carga horária mínima pré-estabelecida ao cumprimento das atividades do PIBID, que é de trinta horas mensais. Assim, dezesseis horas estão intimamente ligadas a estudos teóricos. Os mesmos se constituem por meio de reuniões periódicas realizadas nos meandros da Universidade a fim da realização de estudos de obras consagradas, especificamente propostas pelo coordenador, o professor Dr. Marco Antônio Arantes. Desta forma, análises e debates tornam-se uma constante, enriquecendo a formação dos acadêmicos envolvidos no concurso do processo de complementação ao exercício docente.
    Contudo, as atividades complementares também compõem a carga horária mínima exigida ao cumprimento das atividades gerais do PIBID. Neste sentido, quatorze horas mensais são, minimamente, dedicadas a práticas educativas. Estas se fazem diretamente nas unidades de ensino que ofertam o nível “Ensino Médio”, seja no modelo regular ou supletivo, nos formatos de atendimento educacional individual ou coletivo.
    De tal modo, as atividades ligadas diretamente à prática docente ainda subdividem-se em modalidades que, por convenção metodológica, optou-se por categorizá-las em participação ouvinte e co-participação docente (regência). A primeira categorização tem como objetivo a apresentação sumária do estagiário ao público-alvo, ao mesmo tempo em que oportuna ao aluno PIBID (re) conhecer a realidade com a qual irá ter contato por considerável fração temporária ao longo do ano letivo.
    Ainda, a segunda categorização a qual se convencionou elencar, diz respeito ao estágio de participação direta nas ações de cunho educativo. Portanto, encontram-se estreitamente ligadas aos conteúdos, a metodologias e a didáticas específicas, considerando as peculiaridades de cada indivíduo ou classe estudantil.
    Em vista do exposto, evidencia-se que a participação em programas específicos de formação à prática docente congregadas a experiências metodológicas in locos, tornam-se partes integrantes e articuladoras do processo educativo acadêmico, onde o estudante-estagiário relaciona a teoria discutida nas reuniões de discussões teóricas com as aulas acompanhadas junto às unidades de ensino.
    Assim, doravante, se buscará apresentar algumas características da turma acompanhada pela presente relatora, no transcorrer de 2011, tendo como objetivo principal relatar algumas experiências vivenciadas como bolsista do PIBID. Além disso, se buscará, também, levantar algumas discussões a partir dos resultados alcançados, tanto no que condiz à metodologia adotada pelo professor Wilson Eger, - regente da turma em questão -, quanto ao aproveitamento dos educandos em relação à aquisição dos conteúdos propostos.
    A justificativa para tal estudo dá-se em vista da revelação de diversos elementos, de maneira preliminar, os quais apresentaram relevância suficiente a ponto de merecerem exposição e análise sistemática, à guisa de um teor descritivo mais apurado.
    Para tanto, parte-se de uma metodologia que visa apresentar tais peculiaridades de maneira descritiva, conforme registro sumário realizado por meio de diário de campo, a fim de se sistematizar e analisar suas informações à luz das teorias que nortearão o presente trabalho.

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  6. Relatório de Atividades PIBID - 2011 (Cont.)
    Bolsista: Cássia Luzia Palmeira Müller
    MÉTODOLOGIA

    A turma assistida pela relatora-bolsista, e a qual se irá discorrer a partir deste estudo, faz parte do programa de Educação de Jovens e Adultos – EJA, situada no Centro Estadual de Educação Básica de Jovens e Adultos – CEEBJA, situado à Rua Guarani, nº 2661, Centro, Toledo - PR.
    Trata-se de um modelo de ensino que, exclusivamente, busca suprir os déficits educacionais de jovens e adultos que se encontram fora da faixa etária para cursar determinado nível de ensino. Neste caso, vale-se lembrar, se diz respeito a uma turma cujos alunos encontram-se matriculados no Nível Médio, disciplina de Sociologia, modalidade supletivo, em formato de atendimento educacional individualizado.
    No que condiz ao programa institucional, os educandos devem fazê-lo mediante o cumprimento de 64 horas/aula, podendo exceder a carga horária quando não atendidas às expectativas de aprendizagem. Assim, constitui-se por aulas individuais onde se leva em consideração o nível de conhecimento prévio dos alunos, incluindo-se, até mesmo, portadores de necessidades educacionais especiais.
    Por conseguinte, ao final de cada um dos quatro blocos de estudos, - dentre os quais se estabelece, - o aluno deve realizar uma prova cujo requisito de sucesso dá-se por índice igual ou superior a 50% de acertos, somando cinquenta pontos. Desta forma, cumpre com os créditos aquele que somar duzentos pontos, dadas as quatro provas, devidamente conglomeradas.
    Contudo, o aluno que não atingir minimamente os percentuais de acertos necessários ao cumprimento dos créditos pode refazer as avaliações, quantas vezes forem necessárias, a fim de obter êxito.
    Em suma, por tais vias, perfaz-se a avaliação disciplinar de sociologia, a qual se processa por meio do método qualitativo-quantitativo, ou seja, a qualidade do processo de ensino-aprendizagem é mensurada por um índice numérico tal e qual supra-referido.
    Por outro lado, porém não obstante, no que diz respeito diretamente à turma em questão, esta se compõe por características elementares: ambos os gêneros, sujeitos de idades distintas (acima de 18 anos para o referido nível), operários, comerciantes, pequenos empresários, empregados domésticos, etc. Evidencia-se que, segundo relatos espontâneos de muitos educandos, os principais motivos pelos quais não haviam prosseguido com os estudos em idade adequada seriam o desestímulo frente às adversidades: falta de tempo, cansaço, enfermidades múltiplas, além de sanções familiares.

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  7. Relatório de Atividades PIBID - 2011 (Cont.)
    Bolsista: Cássia Luzia Palmeira Müller
    MÉTODOLOGIA

    Contudo, no que tange a prática pessoal, tal conjunto de experiências se resumem a participação ouvinte e co-participação docente, bem como fora referido de antemão. Neste sentido, ao dar início às observações pessoais em 04/04/2011, até a presente data a qual este relato faz findar-se, pode-se constatar uma densidade bastante consistente de conteúdos trabalhados por meio do programa institucional de ensino.
    Pois, assim compõe-se o mesmo: Clássicos: Karl Marx: Consciência; Mais Valia; Alienação; Relações sociais de produção; Sistema capitalista; Feudalismo; Burguesia. Max Weber: Sociedade capitalista de formação tardia; Burocracia; Método compreensivo-explicativo. Émile Durkheim: Suicídio: causas sociais; Funcionalismo. Michel Foucault: Relações de poder; Instituições. Aspectos gerais: Democracia; Liberalismo; Neoliberalismo; Positivismo; Neopositivismo, entre outros.
    Entretanto, a fim de se potencializar e facilitar a aprendizagem dos alunos com relação ao conjunto de conteúdos propostos, percebeu-se/buscou-se, - tanto na atuação como ouvinte, quanto na co-participação docente, - a utilização de métodos e técnicas de ensino diferenciadas, tais como: exposição oral aos educandos (método expositivo); incentivo a indagações (método socrático); formação de grupos diferenciados para discussão, pesquisa, composição e exposição de cartazes sobre as teorias de Marx, Weber e Durkheim, a fim de se oportunizar o reforço aos alunos com relação aos conteúdos propostos; estudo de caso por meio de discussão, pesquisa, composição e exposição de cartazes sobre assassinato em série da escola carioca que, após atirar em dezenas de pessoas, o assassino matou-se; Jogo da Cidadania, onde os alunos puderam apreender conhecimentos e conceitos sobre cidadania de maneira lúdica, entre tantos outros recursos didáticos.

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  8. Relatório de Atividades PIBID - 2011 (Cont.)
    Bolsista: Cássia Luzia Palmeira Müller

    RESULTADOS
    No tocante às observações mais amplas, infere-se que os índices de aprovação dos alunos e do reduzido percentual de evasão, segundo consta nos registros da instituição, é motivo de regozijo por parte do professor regente. Para tanto, no período de atuação da presente relatora em sala de aula, observou-se que o índice de aprovação atinge 100% dos alunos. Além disso, dentre os matriculados, a taxa de evasão foi de 0%, ou seja, todos que ingressaram na modalidade e disciplina apresentadas a completam.
    Por outro lado, na mesma linha de conduta, - embora com ressalvas mais específicas, - com o envolvimento nas ações educativas contemplou-se uma gama de métodos voltados ao ensinamento dos conteúdos propostos pela Secretaria Estadual de Educação à disciplina de sociologia. Os mesmos mostraram-se eficazes e permanecerão como parte de um rico repertório a ser utilizado em momento oportuno.

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  9. Relatório de Atividades PIBID
    Ex-bolsista: Samara Benke



    RELATÓRIO PIBID 2011


    O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência iniciou suas atividades na Unioeste de Toledo-Paraná no ano de 2010, com o principal objetivo de promover o incentivo e a qualificação de professores na educação básica da rede pública de ensino, assim como participar do cotidiano escolar juntamente com professores e alunos, afim de observar as práticas pedagógicas já existentes além de planejar e complementar novas técnicas interdisciplinares.
    Esse objetivo introdutório já era ciente por mim ao analisar o edital e buscar mais sobre este Programa Institucional vinculado a Sociologia, a minha inserção ao grupo PIBID da Unioeste, Campus Toledo - PR, se deu através da entrevista seleta de candidatos ocorrida no mês de Março do ano de 2011. Após o resultado final da seleção, iniciamos as atividades na sequencia do dia 01 de Abril, como já havia afinidade de minha parte com a maioria do grupo, devido a socialização frequente dos bolsistas dentro da instituição universitária, as atividades desenvolvidas ficaram mais objetivas e articuladas. Primeiramente, o coordenador Marco Antônio Arandes expôs novamente o objetivo e as metas do PIBID, onde foi proposto leituras com ênfase educacional que poderiam ser utilizadas no decorrer das visitas letivas dos bolsistas dentro das instituições escolares: Jardim Porto Alegre, CEBEJA, Airton Senna.
    Ambas as escolas apresentam ensino superior com grades curriculares de Sociologia, assim sendo as atividades propostas pelo PIBID podem ser desenvolvidas diretamente. Entre as propostas apresentadas para enriquecer o contato dos bolsistas com a rede pública, foi argumentada a apresentação de pequenos seminários durante as reuniões semanais com o grupo PIBID, onde foram expostos diversos textos, entre os enfatizados estão: Aprendendo a pensar com a Sociologia de Zygmunt Bauman e Tim May, e Alienígenas na sala de aula (uma introdução aos estudos culturais em educação) de Tomaz Tadeu da Silva. Foi possível revelar, através da leitura e aprofundamento do texto, uma conexão abrangente entre os temas abordados, afinal se os alunos pensassem sociologicamente se sentiriam alienígenas dentro da sala de aula? A resposta mais coerente seria: não, pois pensar sociologicamente, segundo Bauman e May, é nortear a condição humana por meio de uma análise de várias teias de interdependência humana, o que pode nos tornar mais sensíveis e tolerantes em relação a diversidade.
    Logo, a sociologia que os pibidianos se mostraram dispostos a desenvolver abrange observar as ações humanas como elementos de figurações amplas, ou seja, de uma montagem não aleatória de atores reunidos em uma rede de dependência mútua, onde pensar sociologicamente é compreender que nesta interdependência do homem há possibilidades de pensar de maneiras diversas; levar aos alunos do ensino médio esse tipo de linguagem que a Sociologia se dispõe a comunicar é quebrar definitivamente com alguns paradigmas que o senso comum insiste em arrebatar, onde é possível visualizar através de uma investigação sociológica, que o significado dos problemas, experiências pessoais, não se constituem apenas por relações individuais mas por relações sociais. Por isso a importância do grupo PIBID de Ciências Socias trazer esses horizontes aos olhares dos estudantes do ensino médio, no intuito de reconhecer positivamente o conhecimento sociológico, não como uma esfera distante das outras matérias e da vida cotidiana do aluno, mas justamente como uma ferramenta que age de maneira determinante no processo histórico de cada um.

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  10. Relatório de Atividades PIBID
    Ex-bolsista: Samara Benke

    RELATÓRIO PIBID 2011 (CONT.)

    As atividades recorrentes desse ano de 2011 do PIBID foram baseadas em aulas expositivas pelos próprios pibidianos e supervisores, o conteúdo das aulas ministradas seguia a orientação do coordenador ou escolha sociológica própria de cada acadêmico, em todas as exposições desenvolvidas os acadêmicos apresentarem referencial teórica, metodologia didática, e considerações a serem realizados nas instituições de ensino. Em minha primeira aula expositiva ao grupo, procurei enfatizar uma temática simples mas engajada no cotidiana tanto dos pibidianos, quanto dos alunos do ensino superior onde eu aplique a aula futuramente. A aula ministrada tinha como proposta: Brasil, que país é esse? Utilizei como referencial teórico o livro de Ruth Benedict – Padrões de Cultura, Renato Ortiz – Cultura Brasileira e Identidade Nacional, Hermano Vianna – O Mistério do Samba e Sílvio Romero – Dilemas e Combates no Brasil da meada do Século XX. O objetivo central desta aula foi demonstrar que a sociedade e indivíduo não são coisas antagônicas, a cultura fornece a matéria prima de que o indivíduo faça a sua vida, nesse sentido buscou identificar e avaliar a identidade da cultura brasileira, suas raízes e fundamentação para ela se consolidar como tal, mostrar a historicidade de nosso país é o primeiro passo para situar sua organização como algo planejado e não simplesmente natural.
    No decorrer das aulas ministradas pelos pibidianos houve uma diversidade na escolha por temáticas, foram levantados temas como: cidadania, trabalho, instituição familiar, ideologia, movimentos sociais, entre outros. Neste semestre também apresentei uma segunda aula expositiva cuja temática referida era o estigma, a exposição foi intitulada como: Estigmas, uma questão de identidade social, a aula teve por objetivo a partir do livro de Erving Goffman, abordar sociologicamente o contexto e a realidade social em que as pessoas estigmatizados estão inseridas, no intuito de desnaturalizar alguns pré conceitos cristalizados na memória coletiva dos indivíduos.
    Dentre os objetivos específicos se fizeram necessários analisar a etimologia e tipologia da palavra estigma, a partir de uma perspectiva histórica, abordar a situação real do individuo estigmatizado na sociedade, identificar a sociabilidade existente entre pessoas estigmatizadas e não estigmatizados, e por fim desvendar sociologicamente as diferenças entre esferas públicas e privadas no cotidiano do estigmatizado. Ao apresentar esta aula na Escola Gisela, pude presenciar o interesse dos alunos e sua participação nesse tema, que muito aponta para a sua realidade pessoal e social. O contato que o PIBID media com as escolas escolhidas no desenvolvimento do Projeto articula a disparidade entre os conhecimentos das instituições escolares básicas e das superiores, pois ao apresentar uma aula para o grupo PIBID se espera um retorno mais avançado no nível intelectual, um debate mais articulado e que contribua para o desenvolvimento da aula no ensino médio, já nessa instituição por sua vez, ao aplicar a aula é possível visualizar a curiosidade e até mesmo um choque ideológico que os alunos tem a respeito da sociedade onde vivem.
    A partir da amplitude e diversidade de conteúdos que a palavra estigmas carrega em seu bojo social, os pibidianos articularam necessário a implementação desta aula como módulo de oficina do III Simpósio Paranaense de Ciências Sociais que ocorreu na Unioeste, Campus Toledo - PR, durante os dias 03 á 07 de Outubro de 2011, com a pretensão de promover o debate, a divulgação e a publicação dos resultados de pesquisa realizados por pesquisadores e acadêmicos de ciências sociais e áreas afins do Estado do Paraná e de outros estados brasileiros. Neste Simpósio a oficina foi exposta principalmente para acadêmicos do ensino superior, na exposição da temática foi possível debater em um nível acadêmico a presença dos estigmas nas no universo das instituições escolares do ensino superior.

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  11. Relatório de Atividades PIBID
    Ex-bolsista: Samara Benke


    Ainda neste âmbito de oficina, é importante ressaltar que neste ano de 2011 os pibidianos desenvolveram uma importante oficina denominada: Sociologia e Meio Ambiente, a qual já havia sendo organizada desde 2010, a oficina procurou abordar a relação existente entre as esferas homem e natureza, no intuito de mostrar ao ouvinte participador como a condição humana de existência é influenciada e mediada pelas relações de natureza e vice versa. Essa oficina foi apresentada no evento ENESEB - Encontro Nacional sobre Ensino de Sociologia na Educação Básica, que ocorreu nos dias 23 a 26 de Julho de 2011, na PUC de Curitiba-PR. Neste evento os pibidianos também tiveram contato com outros grupos do PIBID por intermédio de uma mesa redonda, onde foram debatidas as dificuldades didáticas no desenvolvimento do projeto, experiências vividas e até mesmo encaminhamentos para melhorias na organização geral do PIBID, além desta mesa redonda, houve apresentação de painéis e várias explanações de oficinas com uma diversidade de temas tanto sociológicos como políticos e culturais.
    É válido ressaltar que a presença dos pibidianos nos diversos eventos, sejam estes abrangentes ou não, fez com que o grupo se unisse e através das próprias relações sociais criadas por nós se estabelecesse de maneira concreta e íntima o contato com o conhecimento sociológico coletivo compartilhado pelo grupo. É nessa esfera coletiva que compartilhamos as melhorias necessárias para o desempenho do projeto nas escolas referidas, e possíveis melhorias na didática comprometedora que relaciona aluno – escola – educação, já que a educação moderna no sistema capitalista atual tomou um viés explicitamente econômico, e não procura empreender o aluno como cidadão, conscientizado das legitimações que envolvem suas ações pessoais e sociais, a educação atual está mais baseada na tecnicidade, onde a agilidade do aluno é tida como mérito ao invés de sua habilidade.
    Portanto cabe aos pibidianos, principalmente do nosso do grupo de Sociologia, mostrar essa realidade aos alunos, que muitas vezes é tapada pelo próprio professor, que deveria ser agente emancipador da educação. Entretanto emancipar a educação requer passos cautelosos, mas necessários a serem seguidos e avaliados, neste quesito de avaliação da educação, ocorrerá como atividade final anual o I Fórum Regional do PIBID, que ocorrerá na Cidade de Cascavel – PR, no CEAVEL, durante o dia 21 de Novembro de 2011, que reunirá vários grupos PIBID no intuito de articular as experiências vividas pelos acadêmicos, e será uma importante possibilidade de debater sobre essa problemática das escolas brasileiras, reflexo de uma educação defasada e desigual, e levantar perspectivas futuras que encaminham a educação para um patamar mais digno e construtivo.

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  12. Relatórios de Atividades PIBID
    Bolsista: Bruno Vidotti

    Reuniões

    Iniciamos as atividades em 11 de março de 2011 com uma reunião onde traçamos algumas das atividades a serem desenvolvidas durante o ano. Foi proposta a utilização de um caderno pedagógico composto de várias oficinas, construído por acadêmicos de Ciências Sociais da UEL. Foi deliberado que cada um deveria, baseado no caderno pedagógico ou não, produzir uma oficina para que no fim do projeto possamos também construir um caderno pedagógico. Foram divulgados os horários para as observações e regências nos dois colégios onde atuam os professores vinculados ao PIBID.
    No dia 18 de março de 2011 foram decididos textos para a apresentação de cada um durante o ano no nosso grupo de estudos. Os textos tratavam de docência no ensino médio, desafios de professores, relação entre trabalho e educação, sociologia no ensino médio e etc. Ficou decidido que as reuniões se alternariam entre grupo de estudos com textos teóricos e apresentação de oficinas.
    Na reunião do dia 25 de março de 2011 a colega Inajara apresentou uma oficina sobre diferenças e desigualdades, onde pontuou os conceitos de racismo, pré conceito e discriminações em geral. É um tema importante que leva os estudantes do ensino médio a desconstruir preconceitos causados por diferenças culturais, de gênero ou por conta de classes sociais.
    No dia 01 de abril houve apresentação de dois textos: Formação de professores: Saberes teóricos e práticos pelo colega Jorge e o texto sobre pragmatismo na concepção de John Dewey.
    O texto que o colega Jorge apresentou tratava da prática e teoria que o professor deve ter em sala de aula para atuar na docência. A formação do professor se dá principalmente na prática, mas é necessário que haja a práxis, ou seja, a reflexão sobre a prática para a melhoria constante do processo de ensino.
    O Texto da colega Inajara falava sobre pragmatismo no ensino de sociologia. Alguns autores como John Dewey, que trabalha com o conceito de pragmatismo, acreditam que as aulas devem ser organizadas cientificamente e que se devem ter técnicas racionais para o controle do ensino e valorizar a experiência dos alunos. É uma idéia que tem influência do funcionalismo de Durkheim.
    Na reunião do dia 08 de Abril, a colega Patrícia apresentou uma aula sobre introdução à sociologia, trabalhando com o contexto de surgimento da sociologia na Europa e com a importância da existência dessa ciência. Trabalhando com autores como Auguste Comte é possível compreender o início desta ciência que aparece num momento histórico muito efervescente.
    No dia 15 de abril a colega Cássia apresentou um texto sobre educação e política do livro “Escola e Democracia” de Dermeval Saviani. Este livro trata do método pedagógico histórico-crítico e traz alguns apontamentos sobre a história da educação e como os professores podem avançar no sentido de trazer uma consciência filosófica e cientifica mais apurada aos alunos, tentando romper com o senso comum, mas partindo dele no processo de ensino-aprendizagem.
    O colega Amir, no mesmo dia, apresentou um texto de Sigmund Baumam – Aprender a pensar com a sociologia – onde trata de como pensar sociologicamente, sem cair no senso comum ou em outros conceitos distorcidos desta ciência.

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  13. Relatórios de Atividades PIBID (Cont.)
    Bolsista: Bruno Vidotti

    No dia 29 de Abril, a colega Karine apresentou uma aula sobre cidadania, trazendo conceitos sobre este tema e apresentou também três filmes que tratam desta temática.
    Nesta reunião foi proposto pelo Prof. Marco Antônio que fossemos ao ENESEB (Encontro Nacional de Ensino de Sociologia na Educação Básica), que ocorreria no dia 26 de Julho, onde apresentaríamos uma oficina. A partir deste dia começamos a construir a oficina para ser apresentada no evento.
    Na reunião do dia 6 de Maio, a colega Juliana apresentou um texto sobre a educação e a teoria social pós-moderna, que coloca vários conceitos que existem hoje sobre este tema. A pós modernidade é caracterizada pelo momento em que as informações são rápidas como nunca foram com a interntet. Os pós-modernos criticam e questionam todas as verdades que até então faziam parte das pautas científicas e filosóficas.
    No dia 13 de maio, houve apresentação de textos novamente. A colega Débora apresentou um texto sobre educação e novos blocos hegemônicos. Problematizou sobre a educação que hoje se tornou produto como pode-se perceber através do EAD (Ensino À Distância).
    No mesmo dia, apresentei um texto sobre educação e trabalho, de Gaudêncio Frigotto. O texto fala sobre a educação na história do Brasil e como esta sempre se moldou ao mercado de trabalho. Trata a educação como sendo um Aparelho Ideológico do Estado que sempre trará aos alunos a concepção de mundo da classe dominante sobre os estudantes. Propõe que é necessário que haja um ensino realmente emancipador.
    Já no dia 20 de maio, o Prof. Marco Antonio pediu todos os dados para irmos ao ENESEB em Curitiba.
    Foram apresentados também dois textos sobre o fracasso da educação no Brasil pelas colegas Karine e Samara. Os textos problematizaram como a escola nova fracassou no seu método de ensino e como a escola tornou-se totalmente vinculada aos interesses do mercado e do capitalismo.
    No dia 27 de maio, a colega Cássia apresentou uma aula sobre movimentos sociais, mas acabou tentando adaptar alguns métodos da psicologia para a realização da aula. Infelizmente, não foi muito coerente, mas ela percebeu e compreendeu que deveria utilizar outro método para tratar do assunto.
    Nos dias 3 e 10 de junho e nas reuniões posteriores, trabalhamos na construção da oficina para ser apresentada no ENESEB. O tema era Sociologia e meio ambiente e problematizamos como a sociologia deve tratar desta questão que angustia o mundo todo nos dias de hoje. É um assunto muito pertinente e já havíamos apresentado esta oficina no CEEBJA de Toledo, colégio vinculado ao PIBID. Aperfeiçoamos a oficina e decidimos que eu, o Jorge, a Patrícia e o Amir que apresentaríamos.
    No mês de Julho entramos em férias. Na volta fomos ao ENESEB, que ocorreu do dia 23 à 26 de Julho.
    Neste segundo semestre, continuamos apresentando oficinas debatendo textos no grupo de estudos, mas como havia eventos como o ENESEB e o Simpósio de Ciências Sociais, as reuniões foram voltadas a produzir oficinas para estes eventos.
    Além da oficina apresentada no ENESEB, preparamos duas oficinas para serem apresentadas no Simpósio Estadual de Ciências Sociais que ocorreu na Unioeste no dia 03 ao dia 07 de outubro. Metade do grupo apresentou uma oficina sobre “Sociologia, Folclore e Malandragem”, mostrando, através do folclore e da literatura, como foi construída e difundida a visão do “malandro brasileiro. A outra oficina foi sobre o conceito de estigma de Goffman, que problematizou como indivíduos de determinados grupos sociais acabam sendo estigmatizados.
    No dia 16 de setembro, na reunião do PIBID, apresentei a oficina “A Sociologia de Émile Durkheim: Fato Social, Solidariedade e Suicídio” onde expus a teoria deste que foi o primeiro sociólogo de cátedra e que inicia, através do método funcionalista, a disciplina de sociologia na França.

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  14. Relatórios de Atividades PIBID (Cont.)
    Bolsista: Bruno Vidotti

    Práticas e experiências docentes

    Durante todo o ano, todos bolsistas do PIBID acompanharam e promoveram monitorias, observações e regências em dois colégios da cidade de Toledo: CEEBJA, que atua no ensino de jovens e adultos e no colégio do Jardim Porto Alegre que promove o ensino regular. A minha experiência foi com jovens e adultos no CEEBJA.
    No CEEBJA há duas modalidades de aula. A primeira é o ensino individual onde cada estudante está em um conteúdo, mas na mesma sala. Portanto o ensino é individual onde o professor acompanha cada um separadamente e nós do PIBID auxiliamos cada um com suas dúvidas através de monitorias. A segunda modalidade é o ensino coletivo onde o professor expõe os conteúdos para todos na mesma sala, ou seja, é um ensino parecido com o regular. A diferença está no fato que cada sala de aula contempla uma disciplina, portanto, quando um estudante passa em determinada disciplina, se muda de sala, ou seja, de disciplina até concluir todo o ensino fundamental ou médio.
    Este colégio favorece a educação para os trabalhadores, já que se propõe a ensinar jovens e adultos, principalmente no ensino individual, onde os estudantes não precisam ter presença todos os dias, mas podem estudar em casa e tirar dúvidas com os professores quando acharem necessário.
    Neste colégio, consegui perceber melhor como se dá o processo de ensino-aprendizagem e pude realizar monitorias, tirando dúvidas dos estudantes. Na sala de sociologia existem alunos especiais, que necessitam de maior atenção para que o aprendizado se consolide. Neste sentido, é uma experiência muito importante para a prática docente.

    Participação em eventos

    Neste ano, participamos de dois eventos: O primeiro, como já explicitado acima, foi o ENESEB que ocorreu na PUC em Curitiba no mês de julho e o segundo, o Simpósio Estadual de Ciências Sociais, que ocorreu na Unioeste no mês de outubro.
    O ENESEB trouxe para nós uma experiência muito rica em saber como está o ensino de sociologia no ensino médio em várias partes do país. Participamos de conferências que foram importantes no sentido de pensar e repensar a prática docente em sala de aula.
    Eu, Patrícia, Jorge e Amir apresentamos a oficina “Sociologia e Meio Ambiente”, onde tratamos de concepções que se tem hoje sobre proteção do meio ambiente, dentro de um olhar sociológico. Uma concepção é de que cada indivíduo deve fazer sua parte para a proteção do meio ambiente, no sentido da reciclagem, da inserção de ONG´s que possam minimizar os danos causados pelo capitalismo e pelo consumo desenfreado sobre o meio ambiente. Outra concepção é de que o meio ambiente, dentro do sistema capitalista não pode ser protegido e a tendência é de que aos poucos, mesmo com ações isoladas como a reciclagem, possa vir a ser destruído em breve, trazendo mazelas a toda humanidade.
    Na oficina, partimos de uma “tempestade de idéias”, feita pelos participantes e a partir daí, mostramos uma parte do filme “O Vale”, para que pudéssemos conceituar e debater sobre o assunto.
    No Simpósio Estadual de Ciências Sociais, eu, Jorge, Cássia e Patrícia apresentamos a oficina “Sociologia, Folclore e Malandragem, onde problematizamos a questão do “malandro” brasileiro, na figura de personagens folclóricos e literários, como o “Saci Pererê” e “Jeca Tatu”. Partimos também de uma tempestade de idéias que propusemos aos participantes e trabalhamos com uma parte de um filme do Mazaroppi, que interpreta o “Jeca Tatu”, para fazermos um debate e estabelecermos alguns conceitos que nos apropriamos principalmente do texto “O que faz o brasil, Brasil” do sociólogo Roberto DaMatta, que trata desses estereótipos típicos brasileiros.


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  15. Relatórios de Atividades PIBID (Cont.)
    Bolsista: Bruno Vidotti

    Participar do PIBID tem sido uma experiência de grande valia para mim e para todos que tem a possibilidade de estar no programa, no curso de Ciências Sociais da UNIOESTE.
    A Sociologia no ensino médio foi reinserida no currículo há pouco tempo, neste sentido o PIBID veio para impulsionar e aprimorar a prática dos futuros professores que atuarão nas salas de aula em breve. É um programa que deve continuar e se expandir para todas as universidades do país.
    Neste ano, mais do que no ano passado, pude ter uma prática muito maior em sala de aula, o que aprimorou minha didática e meu conhecimento sobre educação. Os textos expostos e debatidos nas reuniões foram de grande importância para que, além da prática docente, possamos também saber sobre tudo o que sociólogos do Brasil todo pensam e propõe ao ensino de sociologia na educação básica.
    Portanto, reitero que a experiência é muito válida e que todos os cursos de licenciatura devam ter esse programa, para que a cada dia mais, possamos melhorar a educação no Brasil para que este tenha um futuro com muitos frutos, pois a educação se configura como meio mais importante para uma nação sadia e consciente em diversos sentidos, não só para o mercado de trabalho mas para a vida.

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  16. Relatório de Atividades PIBID 2011
    Bolsista: Débora Cristina de Lima Valero

    Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) tem como objetivo estreitar laços dos bolsistas com a Universidade e a escolas, possibilitando esse vínculo entre os mesmos e a educação. O Pibid de Ciências Sociais é coordenado pelo professor Marco Antonio Arantes, e conta com dois professores colaboradores/supervisores Wilson Eger e Marissa Eger, formados pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná e atuam como professores do ensino médio.
    Os bolsistas PIBID foram selecionados em abril de 2011, mediante as entrevistas e análises de currículos entre alunos de licenciatura em Ciências Sociais da Unioeste, o número de bolsistas do projeto é de dez alunos de licenciatura em Ciências Sociais, sendo alunos do 2º ano ao 4º ano.
    As organizações e as dinâmicas de Trabalhos do Grupo PIBID de Ciências Sociais se deu através de encontros semanalmente nas tardes de sexta feira em que os bolsistas apresentavam seminários e oficinas relacionadas à educação e a partir das apresentações iniciava-se as discussões sobre os temas apresentados, as reuniões são feitas nas dependências da Unioeste e todos os bolsistas têm o compromisso bem definido nas escolas em que atuam, sob constante orientação dos professores e do orientador, no âmbito das escolas os mesmos participam de atividades com as turmas dos professores colaboradores.
    A primeira ação realizada foi de reconhecimento do espaço escolar, da história, organização, projetos pedagógicos e formas de atuação de cada uma das escolas, onde os bolsistas são orientados pelos colaboradores e pelo orientador, a desvelar o cotidiano da escola, o perfil sócio-cultural dos estudantes e professores, as relações entre seus agentes (direção, coordenação, professores, alunos e funcionários), os projetos educativos emergentes e consolidados, as práticas cotidianas e os ideários que orientam tais práticas, os bolsistas buscam analisar a escola e compreendê-la do ponto de vista de seus atores, sobretudo dos professores de Sociologia e alunos. Além do âmbito da escola, a equipe do projeto foi orientada no sentido de compreender a sala de aula enquanto espaço sócio-cultural específico e como se dão as relações de produção e circulação de conhecimentos nesse espaço.
    De maneira geral essa aproximação com o cotidiano da escola e da sala de aula possibilitou de alguma forma eleger problemas que passariam a integrar nossa ação enquanto grupo. Além dessa aproximação tivemos a oportunidade de participar do 2º Encontro Nacional sobre Ensino de Sociologia na Educação Básica, realizado em Curitiba (ENESEB), onde foi apresentada a oficina “Meio Ambiente e Cinema: uma análise sociológica”, com o objetivo de propor novas reflexões sociológicas sobre as questões ambientais e suas transformações e conseqüências na sociedade moderna. Posteriormente participamos do III Simpósio Paranaense de Ciências Sociais e IV Simpósio Estadual de Formação de Professores de Sociologia e X Seminário de Educação, neste evento foi apresentada a oficina “Estigma: uma questão de identidade social”, com objetivo de analisar a construção social e desmistificar algumas identidades construídas, desta maneira a equipe conseguiu estreitar os laços entre a Universidade e as escolas de nível médio e proporcionar um novo olhar para a educação. A experiência compartilhada entre os diferentes sujeitos que integram o presente projeto contribuiu significativamente para gerar novos conhecimentos que servirão de aperfeiçoamento das práticas utilizados nas disciplinas de ensino e estágio além de ter auxiliado a formação dos bolsistas e a qualidade do ensino nas escolas.

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  17. Relatório de Atividades PIBID 2011
    Ex-bolsista: Jorge Henrique Dias Fuentes

    Enquanto bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID – no ano de 2011 participei no desenvolvimento de atividades no Colégio Estadual Ayrton Senna da Silva, situado no Bairro São Francisco, periferia do município de Toledo/PR
    Numa rápida análise histórica do Colégio Ayrton Senna, contidos em seu Projeto Político Pedagógico, nos mostra que a implantação do Colégio Ayrton Senna, acompanha o processo de desenvolvimento e o crescimento populacional do bairro, onde o colégio situa, e do município de Toledo, isso pode ser observado pelo processo gradativo de implantação do Colégio. Criada em 1995 pela Resolução nº 1.031/95, a instituição inicialmente foi autorizada a funcionar pelo prazo de dois anos oferecendo ensino de 5ª à 8ª série, o antigo 1º Grau, no período diurno. Após este, se sucederam vários outros decretos e resoluções de implantação gradativa do ensino no período noturno e de implantação do antigo ensino de 2º Grau, aprovação do Regimento Escolar e planos curriculares.
    De acordo com o Projeto Político Pedagógico – PPP – do Colégio, o nome da instituição foi indicado pela comunidade em reunião na Associação de Moradores do bairro, e foi proposto como “homenagem ao maior e melhor corredor da Fórmula 1 do Brasil, pela garra, perseverança e dedicação e também pela alegria dada ao povo brasileiro nas manhãs de domingo.” (PPP, 2011, pg. 10)
    Até o ano de 2008 o Colégio funcionava no mesmo prédio da Escola Municipal São Francisco de Assis, ano este em que se iniciou a construção do atual prédio do Colégio, que foi inaugurado no inicio do ano de 2009.
    O prédio novo do Colégio conta com uma estrutura de 3.216m2 de área, construída num terreno de 8.100m2. Comparada com a estrutura de muitos Colégios públicos, a estrutura do Colégio Ayrton Senna é de qualidade e basicamente suficiente. Recebendo atualmente 997 alunos matriculados, desde a 5ª série do Ensino Fundamental até o 3º ano do ensino médio, duas turmas do Curso Técnico em Edificações Integrado e Subsequênte, o Colégio conta com 18 salas, sendo destas 12 salas de aulas e 06 utilizadas como ambientes para laboratórios que são o de Matemática, Ciências, Ciências Humanas, Arte, Jogos Olímpicos e Informática. Além destes o Colégio dispõe ainda de Cozinha, Refeitório, pátio amplo, ginásio de esportes, Biblioteca, Sala dos Professores, Coordenação, Sala de espera, sala de direção e Secretaria.
    O Colégio Ayrton Senna conta nesse ano de 2011 com 997 estudantes matriculados, sendo estes em sua maioria

    oriundos do próprio bairro, de núcleo familiar entre 4 e 5 pessoas, com grau de escolaridade de nível básico e na sua maioria trabalhadores assalariados dos mais diversos setores e autônomos de pequeno porte com renda familiar que permite as condições básicas de vida e pouquíssimas oportunidades de lazer e cultura (PPP Colégio Ayrton Senna, 2011, p. 27)

    Essas características apontadas pelo PPP do Colégio são comuns a um Colégio de periferia, como é o caso do Ayrton Senna onde 75% das famílias dos estudantes tem renda igual ou inferior a 3 salários mínimos. A maioria dos moradores do bairro, incluído grande parte dos estudantes do ensino médio, principalmente da noite, são trabalhadores assalariados de indústrias e empresas do bairro ou próximas ao bairro, como frigoríficos e supermercados.
    Alguns dados do PPP do Colégio mencionam ainda que 76% dos estudantes seguem a religião católica, 85% moram em casa própria, isso se explica pelo fato de que o bairro é antigo e a maioria das famílias já conseguiram o mínimo que é adquirir moradia própria. Os dados relatados no PPP ainda apontam que 75% dos pais dos estudantes não concluíram o ensino fundamental e que somente 10% concluíram o ensino médio, isso acaba explicando o dado de que 50% dos estudantes não têm hábito diário de leitura.

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  18. Relatório de Atividades PIBID 2011 (Cont.)
    Ex-bolsista: Jorge Henrique Dias Fuentes

    Esses dados representam uma realidade, uma condição sócio-econômica, política e cultural que indicam e condicionam a forma de organização da escola e o significado da própria escola para os estudantes que a constituem, construindo na instituição apresentada, aquilo que Pérsio Oliveira (2000) conceitua como estrutura social: “Conjunto ordenado de partes encadeadas que formam o todo. Dito de outro modo, a estrutura social é a totalidade dos status existentes em um determinado grupo social ou em uma sociedade” (OLIVEIRA, 2000, p. 35). Segundo o mesmo autor, dentro de cada estrutura social os seus participantes desempenham papéis correspondentes à sua posição social, ou classe social.
    Durante o ano foram desenvolvidas algumas atividades no Colégio, como parte das atividades previstas pelo PIBID. Segue adiante o relato de tais atividades.
    No início do ano, como momento de integração com a instituição, fiz análise do Projeto Político Pedagógico da instituição, afim de buscar seus objetivos e concepções de educação e ensino, como também conhecer sua história e da comunidade. Além disso, como primeiro contato com as turmas de ensino médio, fiz algumas observações e acompanhamento de aula do professor, para posteriormente iniciar a docência.
    Tive a oportunidade de ministrar aulas em turmas do Ensino Médio do Colégio. Tais aulas foram ministradas seguindo a sequência de aulas do planejamento do Professor de Sociologia e foram importantes no sentido de alcançar um dos objetivos do Programa, que é possibilitar aos graduandos de curso de licenciatura, iniciar suas atividades enquanto professor.
    Além das aulas, pude acompanhar, juntamente com o professor, uma tentativa de refundação do Grêmio estudantil do Colégio. Uma das turmas do Ensino Médio, os estudantes entenderam ser importante a existência do Grêmio estudantil, como entidade de representação dos estudantes. Foi nesse sentido que houveram algumas tentativas de refundação da instituição, contudo, devido à dificuldades como a de tempo para reunir um grupo de estudantes para discutirem a entidade, uma vez que a maioria dos estudantes trabalham e não poderiam se reunir em contraturno escolar, além disso percebemos que não haviam muito incentivo por parte da direção da instituição em tal empreitada dos estudantes.
    Além da atividades desenvolvidas no Colégio, o grupo PIBID se reuniu toda semana para discussão de textos referentes à educação de maneira geral, sobre o ensino de Sociologia e para organização e planejamento de aulas e atividades.
    O grupo PIBID também teve a oportunidade de participar de eventos sobre ensino de Sociologia, no intuito de divulgar suas atividades por meio de oficinas e aulas. No mês de Julho participamos em Curitiba do 2º Encontro Nacional sobre o Ensino de Sociologia na Educação Básica, onde além da participação nas discussões referentes ao ensino da disciplina, recentemente reinserida no Ensino Médio, aplicamos também uma oficina intitulada “Sociologia e Meio Ambiente.
    Já no mês de Outubro participamos do 4º Simpósio Paranaense de Ensino de Sociologia, que ocorreu na Unioeste de Toledo. Ali participamos das palestras e mesas redondas, e aplicamos oficinas sobre estigma e folclore. Em tal Simpósio participei da organização enquanto bolsista do PIBID.
    Enfim, foram estas atividades, apresentadas aqui de maneira bem generalizada, que desenvolvemos durante o ano no Programa PIBID. Embora não desenvolvemos tudo o que estava no planejamento, uma vez que como a disciplina de sociologia ainda está em processo de reinserção há dificuldades no desenvolvimento e na organização de algumas atividades, contudo, tudo que foi desenvolvido nos possibilitou um envolvimento com a prática docente e uma iniciação de fato na profissão de professor.

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  19. Relatório de Atividades PIBID - 2011
    Ex-bolsista: Karine Reschke

    O presente relatório tem o objetivo de apresentar as atividades realizadas no projeto PIBID durante o ano de 2011 (de 01 de Abril de 2011 a 18 de Novembro de 2011). As primeiras atividades desenvolvidas enquanto bolsista de tal projeto foram a participação nas reuniões ordinárias, que aconteceram todas as sextas-feiras na sala 08 do Campus de Toledo da Unioeste. Durante o ano as reuniões foram de extrema importância, pois era nelas que o grupo discutiu as atividades a serem realizadas e principalmente fizemos o treinamento de aulas para posterior utilização em sala de aula, dos colégios participantes.
    De uma forma geral essas reuniões contribuíram muito tanto para a formação acadêmica quanto para a futura carreira docente, a vivência e troca de experiência entre alunos e professores (coordenadores e supervisores) é de suma importância para que os bolsistas conheçam as possibilidades existentes no ambiente escolar.
    Nessas reuniões ordinárias também eram discutidos textos referentes a formação de professores de sociologia, problemas do cotidiano escolar e a disciplina de sociologia no ensino médio. Outro ponto muito importante na formação dos alunos enquanto futuros docentes, assim como para os professores, visando melhorar a qualidade do ensino de sociologia nas escolas da região.
    Das atividades referentes ao acompanhamento escolar, realizei principalmente no Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos – CEEBJA Toledo. O professor de sociologia e supervisor do projeto PIBID de tal colégio é o Professor Wilson Eger. As aulas assistidas foram aquelas direcionadas a modalidade coletiva (onde há mais de um aluno em sala, visto que há a modalidade individual). Nas observações pude perceber a importância de se conhecer a realidade dos educandos para que se tenha maior firmeza na hora de apresentar o conteúdo e principalmente conseguir relacionar a teoria e a prática.
    A base utilizada para as aulas foi o livro didático publico, disponibilizado pelo Estado na maioria dos colégios, mas não apenas este também foram utilizadas pelo professor materiais diversos, como outros livros, revistas, jornais, filmes e musicas para ilustrar o conteúdo aos alunos.
    Assisti principalmente às aulas do período noturno, que tem na sua maioria alunos que trabalham durante o dia, assim percebi uma falta de motivação dos alunos, na matéria de sociologia. Esse problema, acredito ser o reflexo da maneira como a disciplina e tratada no ambiente escolar, apesar de não ser declarada a sociologia ainda é muito considerada como uma matéria secundária, portanto não tão importante na grade. Para os professores de sociologia é muito complicado lidar com tal impasse dentro da escola, pois como será possível formar cidadãos plenos, com a consciência dos seus deveres e direitos se a aula que dá essa possibilidade aos alunos não é bem aproveitada por eles e por vezes até pela instituição de ensino.

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  20. Relatório de Atividades PIBID - 2011 (Cont.)
    Ex-bolsista: Karine Reschke

    A participação em eventos pelos participantes do projeto também é uma das atividades realizadas dentro do mesmo e também tem uma parcela muito grande de importância tanto na formação acadêmica quanto na iniciação à docência. O primeiro evento em que o grupo participou foi o II Encontro Nacional de Ensino de Sociologia na Educação Básica, realizado de 23 a 26 de Julho na Pontifícia Universidade Católica do Paraná em Curitiba. No evento o grupo apresentou uma oficina sobre meio ambiente. O segundo evento foi o Conhecendo a Unioeste onde o PIBID contribuiu com um banner sobre o histórico do projeto, os objetivos e as atividades realizadas durante o ano e que ficou disponível no estande de Ciências Sociais. O terceiro evento que contou com a participação dos bolsistas foi o III Simpósio Paranaense de Ciências Sociais, IV Simpósio Estadual de Formação de Professores de Sociologia e X Semana de Educação. Onde os dez bolsistas se dividiram em dois grupos para apresentar duas oficinas, uma sobre Folclore no ensino da sociologia e outra sobre Estigma: uma questão de identidade social.
    Essa troca de experiências que acontece nos eventos proporciona pra mim enquanto bolsista uma idéia dos problemas que enfrentarei na docência e ainda me dá subsídios para conseguir resolvê-los. O professor de sociologia não é apenas responsável por passar o conteúdo previsto no seu plano de ensino, mas é principalmente responsável por apresentar aos alunos uma nova forma de ver o mundo que os rodeia, desnaturalizando os problemas e ainda incitando-os a questionar quando sentirem necessidade.
    A minha entrada no projeto foi com a intenção de buscar mais meios de aprender as técnicas para ser uma boa professora de sociologia, afinal saímos da universidade depois de quatro anos, com um carga de conhecimento bem grande, mas que nem sempre é suficiente para enfrentarmos uma sala de aula com segurança. Aprendi muito com o projeto, com a troca de experiências entre os colegas, com as visitas aos colégios e com as conversas com os professores. Não posso dizer que agora estou preparada para dar aula de sociologia, mas sei que melhorei muito desde que entrei no projeto e que este foi de grande valia para a minha formação acadêmica.
    Durante esse tempo que passei e me dediquei ao projeto, assim como as matérias do curso de graduação, percebi que o maior desafio do professor de sociologia hoje, é fazer com que o aluno perceba de forma critica o que acontece ao seu redor, mas se este professor conseguir colocar pelo menos a intenção dessa percepção nos alunos já será um grande caminho para a melhoria de ensino da sociologia. Não existem fórmulas prontas capazes de mudar o ensino da sociologia, seja numa proporção regional como é o caso do nosso projeto, ou numa proporção nacional, mas o que é muito importante que aconteça são essas trocas de experiências que acontecem através dos projetos e eventos, que possibilitam perceber erros e acertos dentro da pratica educacional.

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  21. Bolsista: Tcharles Gonçalves Schmidt

    21 de março, 2013 - CEEBJA

    Na noite de 21 de março de 2012, fui ao CEEBJA para ministrar a aula “Weber e os caminhos da racionalidade” na turma do professor supervisor Wilson Eger. Comecei me apresentando e explicando o motivo da mudança de professor. Então, apresentei resumidamente alguns dados biográficos do autor e busquei recapitular, junto a turma, o que resultara das discussões sobre os estudos weberianos que já haviam ocorrido nas aulas anteriores. A partir dessa recapitulação, implementei o planejamento apresentando os conceitos de racionalidade e desencantamento e demonstrando como eles se constituíram em focos de análise de Weber através de todos seus estudos. Para tanto, expus os temas de estudo principais de Weber e como o autor os associou aos fenômenos do aumento da racionalidade e do desencantamento do mundo. Alguns alunos participaram ativamente da aula com suas opiniões, além de questionamentos relevantes para o desenvolvimento da discussão. A aula teve êxito, uma vez que conseguimos revisar o que já havia sido estudado a respeito do autor, apresentando uma breve contextualização histórica junto com uma visão geral das suas teorias e métodos.

    PLANO DE AULA

    Plano de Aula – Sociologia

    Weber e os caminhos da racionalidade

    Instituição: CEEBJA

    Disciplina: Sociologia

    Unidade: Autores clássicos da sociologia

    Série: todas

    Horas-aula: 2

    Professores: Tcharles Gonçalves Schmidt

    1. PRÁTICA SOCIAL INICIAL

    1.1 Unidade do Conteúdo: Autores clássicos da sociologia

    Objetivo Geral: Apresentar aos alunos o autor Max Weber, considerado um dos fundadores da sociologia. Enfatizando, a partir de breve contextualização histórica e exemplos, os processos de “racionalização” e “desencantamento do mundo”, centrais na teoria do autor.

    Tópicos do conteúdo e objetivos específicos:

    · Tópico 1:Weber.

    Objetivo específico: Contextualizar o autor geográfica e historicamente, em relação aos outros clássicos da sociologia.

    · Tópico 2: Desencantamento e racionalidade

    Objetivo específico: Apresentar as bases do pensamento Weberiano e sua forma de entender a sociedade.

    2 INSTRUMENTALIZAÇÃO

    2.1 Ações didático-pedagógicas

    Exposição oral do professor e debate.

    2.2 Recursos humanos e materiais

    Exposição oral, lousa.

    3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

    BENDIX, Reinhard. Max Weber: um perfil intelectual. Brasília: UnB, 1986.

    WEBER, Max. Ciência e política: duas vocações. São Paulo: Cultrix, 2007.

    WEBER, Max. Ética protestante e o “espírito” do capitalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

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  22. Bolsista Anatyelli Grein

    O PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), tem como pólo norteador proporcionar aos discentes do curso de Ciências Sociais experiências de convívio com a Escola Pública da Educação Básica, tendo a oportunidade de trocar informações (que chamamos de conhecimento)com os alunos, uma vez que não é só o aluno que aprende durante as aulas e enquanto passa por esse processo de socialização e aprendizagem, mas o professor também aprende com esses alunos. Estou vivenciando isso e tendo a oportunidade de saber na prática (ou práxis como dizem os sociólogos),como é essa profissão de docente.Após ter inserido-me neste Projeto, pude ter uma melhor percepção do que é ser professor de Sociologia na Escola Pública da Educação Básica.

    O nome da Instituição de Ensino cuja eu dei aulas é o Colégio Jardim Porto Alegre, localizada no bairro Jardim Porto Alegre, em Toledo - PR. Esse colégio possui Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante.

    A primeira aula foi sobre a temática "Trabalho e Sociedade"(nas Sociedades Tribais e na nossa Sociedade Capitalista). Esta primeira turma é uma turma de segundo ano (2º) do Ens. Médio, onde tiveram um comportamento bom no sentido de conseguir acompanhar a aula de forma tranquila (sem muitas exaltações). Foi uma aula expositiva, bem como em outra turma que lecionei nesse dia. O objetivo em passar aos estudantes esse tema é de mostrar aos mesmos, a importância do trabalho nas diferentes sociedades e suas características. No que se refere ao trabalho na sociedade atual (capitalista) sabemos que há uma necessidade muito grande de as pessoas produzirem algo através da sua própria força de trabalho - e que o capital se reproduz utilizando a mais-valia (é aquilo que vai além do salário que se recebeu) que é transformado em capital. E assim, há outros tipos de trabalhos em outros tipos de sociedades.

    Já "Direitos e Cidadania" foi um tema que eu passei para os alunos de uma turma de terceiro ano (3º) do ensino médio. A reação deles ao entrar em contato com esse tema não foi negativo, mas também tive a percepção de que poderiam ter contribuído um pouco mais com a aula no que se refere à cidadania que eles mesmos têm o conhecimento no próprio cotidiano deles. Porém, foi uma aula boa, através da qual esses alunos puderam trocar conhecimento com alguns colegas de classe e também com todos que estavam na sala de aula.


    Contudo, também dei umas aulas em turmas de primeiro ano (1º) do ens. médio sobre o assunto que trata da Solidariedade Mecânica e Orgânica na concepção do autor Durkheim, um dos mais importantes autores da Sociologia. Nessa temática, Durkheim discute que a Solidariedade mecânica refere-se à construção do sentido biológico, de como se dá a relação das pessoas mecanicamente do ponto de vista do estado. Já em Solidariedade Orgânica ele relata que é construída de maneira superior à familiar (mecânica, biológica).

    O objetivo dessa temática é apresentar aos alunos qual era a forma que se davam as relações entre as pessoas na sociedade que atribui valores ao fator biológico (ou seja, quando alguém de uma família ia trabalhar numa fábrica, todos dessa família iam junto). E assim, na solidariedade orgânica também, porém, com outros valores e princípios. As aulas foram produtivas e boas. Os alunos interagiram e participaram de algumas aulas, através de atividades em relação ao assunto estudado.

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  23. Bolsista Anatyelli Grein

    O PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), tem como pólo norteador proporcionar aos discentes do curso de Ciências Sociais experiências de convívio com a Escola Pública da Educação Básica, tendo a oportunidade de trocar informações (que chamamos de conhecimento)com os alunos, uma vez que não é só o aluno que aprende durante as aulas e enquanto passa por esse processo de socialização e aprendizagem, mas o professor também aprende com esses alunos. Estou vivenciando isso e tendo a oportunidade de saber na prática (ou práxis como dizem os sociólogos),como é essa profissão de docente.Após ter inserido-me neste Projeto, pude ter uma melhor percepção do que é ser professor de Sociologia na Escola Pública da Educação Básica.

    O nome da Instituição de Ensino cuja eu dei aulas é o Colégio Jardim Porto Alegre, localizada no bairro Jardim Porto Alegre, em Toledo - PR. Esse colégio possui Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante.

    A primeira aula foi sobre a temática "Trabalho e Sociedade"(nas Sociedades Tribais e na nossa Sociedade Capitalista). Esta primeira turma é uma turma de segundo ano (2º) do Ens. Médio, onde tiveram um comportamento bom no sentido de conseguir acompanhar a aula de forma tranquila (sem muitas exaltações). Foi uma aula expositiva, bem como em outra turma que lecionei nesse dia. O objetivo em passar aos estudantes esse tema é de mostrar aos mesmos, a importância do trabalho nas diferentes sociedades e suas características. No que se refere ao trabalho na sociedade atual (capitalista) sabemos que há uma necessidade muito grande de as pessoas produzirem algo através da sua própria força de trabalho - e que o capital se reproduz utilizando a mais-valia (é aquilo que vai além do salário que se recebeu) que é transformado em capital. E assim, há outros tipos de trabalhos em outros tipos de sociedades.

    Já "Direitos e Cidadania" foi um tema que eu passei para os alunos de uma turma de terceiro ano (3º) do ensino médio. A reação deles ao entrar em contato com esse tema não foi negativo, mas também tive a percepção de que poderiam ter contribuído um pouco mais com a aula no que se refere à cidadania que eles mesmos têm o conhecimento no próprio cotidiano deles. Porém, foi uma aula boa, através da qual esses alunos puderam trocar conhecimento com alguns colegas de classe e também com todos que estavam na sala de aula.


    Contudo, também dei umas aulas em turmas de primeiro ano (1º) do ens. médio sobre o assunto que trata da Solidariedade Mecânica e Orgânica na concepção do autor Durkheim, um dos mais importantes autores da Sociologia. Nessa temática, Durkheim discute que a Solidariedade mecânica refere-se à construção do sentido biológico, de como se dá a relação das pessoas mecanicamente do ponto de vista do estado. Já em Solidariedade Orgânica ele relata que é construída de maneira superior à familiar (mecânica, biológica).

    O objetivo dessa temática é apresentar aos alunos qual era a forma que se davam as relações entre as pessoas na sociedade que atribui valores ao fator biológico (ou seja, quando alguém de uma família ia trabalhar numa fábrica, todos dessa família iam junto). E assim, na solidariedade orgânica também, porém, com outros valores e princípios. As aulas foram produtivas e boas. Os alunos interagiram e participaram de algumas aulas, através de atividades em relação ao assunto estudado.

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