16 novembro, 2012

BOLSISTA: Maiara Pereira Barros
Parado alguns dias por conta das férias retornei a sala de aula somente no dia 14 de setembro, com a mesma turma que já tinha tido contato em minha primeira regência. Aproveitei o fato para encaminhar minha aula de forma a casar e retomar o conteúdo da aula anterior. Ministrei a aula para 16 alunos neste dia, e o tema foi Industria Cultural. buscando sempre partir da realidade deles, levantei musicas que estavam entre as Top 10 mais tocadas na FM da cidade e as usei como parte da aula. A descrição da atividade seguirá no plano de aula.
O uso feito da lata de Néscau realizando uma analogia com a reprodução em série da arte aproximou os alunos da exposição o que facilitou a construção conjunta da aula. O alunos da sala em questão, 3° ano normal do Colégio Ayrton Senna são bastante interativos e participativos, alguns alunos se destacam mais, mas através dos comentários sobre as musicas, conhecidas por todos, a sala como um todo participou do debate inclusive retomando o conceito de cultura já exposto na aula anterior.
O foco da aula portanto partiu da analogia criada a partir de uma embalagem de Néscau.

Segue o plano da citada aula.


UNIOESTE – Campus de Toledo
CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS – LICENCIATURA
Programa Institucional de Iniciação a Docência - PIBID 


Industria Cultural: A era da Arte Enlatada.
Colégio Estadual Ayrton Senna


Toledo, 27 de setembro de 2012

Tema da Aula: Indústria Cultural
Bolsista: Maiara Pereira Barros

Objetivo Geral:
A presente aula busca que os alunos reflitam de forma critica sobre a maneira como consumem arte em geral e através dela absorvem uma gama de valores e modos de agir.
De tal modo o objetivo central da aula é apresentar a visão de arte dos teóricos da escola de Frankfurt, orientando a construção de conhecimento em torno do que se constitui a teoria crítica de Adorno e Horkeheimer.

Objetivos específicos: 

–Discutir e problematizar a apropriação da arte pela indústria cultural.
–Abordar a Escola de Frankfurt através da conceituação de “cultura de massa”.
–Informar sobre os meios de comunicação de massa
–Discutir a força e impacto da Indústria Cultural na elaboração dos estereótipos e divisão das tribos urbanas, retomando o debate da aula anterior.

Conteúdo ou ementa:
O surgimento da indústria cultural.
A partir do momento em que o capital tem a possibilidade de reproduzir a obra de arte ela passa a ser consumida como mercadoria, ela pode ser reproduzida em série. Sua difusão esta profundamente ligada à busca de massificação dos hábitos da população, uma vez que toda arte é resultado de uma ideologia.
A manipulação do público – perseguida e conseguida pela Indústria Cultural entendida como forma de domínio das sociedades altamente desenvolvidas – passa assim para o meio televisivo, mediante efeitos que se põem em prática nos níveis latentes das mensagens. Através do material que observa, o observador é continuamente colocado, sem o saber, na situação de absorver ordens, indicações, proibições.

“A priori, antes de suas obras, a arte é uma crítica da feroz seriedade que a realidade impõe sobre os seres humanos” (ADORNO, 2001, p. 13).
Para os teóricos da Escola de Frankfurt a arte teria uma dimensão social tanto de crítica, de esclarecimento, quanto de promoção de uma catarse, que permitiria ao ser humano tanto expressar a si, quanto se reconhecer fazendo parte de uma totalidade, a sociedade.
Em meio a um contexto social marcado pela entrada da produção em serie da arte e a massificação das culturas, essa escola desenvolve uma teoria crítica que em síntese irá criticar o modo como o capitalismo se apropria da arte e acaba por retirar dessa o seu caráter de esclarecimento, lhe competindo um caráter muitas vezes alienante. 


Metodologia de Ensino:
A aula se iniciará com a apresentação aos alunos de uma lata de Nescau revestida por papel branco, com uma “logomarca” descrita: “ARTE”. 
Se solicitará aos alunos para retirarem de dentro da lata os papéis. Cada papel contém um titulo de musica a qual constitui atualmente o mercado da musica brasileira são elas:
Vida de empreguete – Empreguetes
Ex my Love – Gaby Amarantos
Ai se eu te pego – Michel Teló
Don Omar Ft Lucenzo - Danza Kuduro
Assim voce mata o papai - Sorriso Maroto
Através do reconhecimento do consumo das músicas pelos alunos. Se introduzirá o debate em torno da apropriação por parte da industria dos ritmos apresentados, uma vez que os mesmo até pouco tempo não se caracterizavam como musicas de consumo massivo.
A posteori se dará a exposição teórica da industria cultural a partir das analises da escola de Frankfurt, retomando a aula anterior a fim de que realizem um estranhamento do consumo musical e verifiquem que o mesmo traz consigo valores e determinado modo de viver, ou seja, carrega uma ideologia.



Recursos Instrucionais:
Lousa, computador para reprodução das músicas, lata produzida pela bolsista contendo o nome de cada música.

Referências Bibliográficas:
LARAIA, R. B. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.
COELHO, T. O que é Industria Cultural. 15° Ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 1982.



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