Escola: CEBEJA
Turmas: Individual (vespertino) e 3 º ano (noturno)
Dias: 09 e 13 de novembro
No decorrer deste ano desenvolvi um material didático denominado dominó sociológico com intuito de ajudar os alunos na compreensão sobre as temáticas sociológicas. Apliquei duas regências para testar a formação do conceito a partir do jogo, e realmente, minha hipotese inicial de que não seria fácil e que funcionaria melhor como atividade avaliativa se confirmou.
A experiência com os alunos do individual foi
interessante e produtiva, o professor Wilson me acompanhou na aplicação e nós não terminamos de montar o jogo, pois em cada
nova peça realizava-se uma explicação sobre o assunto e os mesmo logo
conseguiam relacionar as peças de encaixe. O começo foi mais difícil justamente
pela falta de bagagem dos mesmos e era necessário pedir para que eles lessem
suas plaquinhas, porém, conforme fui explicando e o jogo adquiriu forma eles
foram relacionando com o que já tinham estudado e vivido e conseguiam fazer as
efetivas ligações.
Já a regência com o terceiro ano, contou com a participação de duas colegas de Projeto a Isabela e a Monique,
além da presença do professor Wilson em sala. O desenvolvimento do jogo foi mais truncado com esta
turma, que ainda não tinha visto todo o conteúdo, usei da mesma metodologia que
o individual, explicando as placas, pedindo para que os mesmo lessem as suas
placas, porém, devido o desinteresse de alguns, a dificuldade interpretativa
teve momentos que mesmo que eu desse a resposta para eles, os donos das placas não entendiam que era a
placa deles, ou simplesmente não estavam prestando atenção no jogo. A Monique e
a Isabela também tentaram incitar que eles pensassem, explicar de maneiras
diferentes, mas muitas vezes era necessário que cada um fosse lendo sua placa
até chegar à correta e explicarmos porque aquela era a certa.
Foram usadas as duas primeiras aulas para aplicação do
jogo, e ele se desenvolveu até o final dentro da estrutura apresentada
anteriormente. Porém, um questionamento de uma aluna trouxe uma temática
interessante, e um inicio de debate, pois ela perguntou por que nos Estados
Unidos o voto não é obrigatório e as pessoas votam, e aqui tem que ser, pois na
opinião dela o fato de ser obrigatório faz com que pessoas que não estão
interessadas votarem em qualquer candidato e isso estraga a dinâmica política brasileira. Eu expliquei as diferenças
entre os dois sistemas eleitorais, e demonstrei que sim o voto ser obrigatório
pode ser um dos fatores que influenciam no sistema político, mas que também
existem outras e que são mais influentes, como por exemplo, a tendência em se
votar no candidato e não analisar o partido e a coligação que o mesmo fez.
Plano de Oficina: Dominó Sociológico
Objetivo Geral:
O
jogo tem como objetivo analisar qualitativamente a apreensão dos alunos sobre o
conteúdo estudado, portanto, deve ser preferencialmente, aplicado no final da
unidade, neste caso, a unidade referente à Formação do Estado Moderno, suas
diferentes concepções e formas.
Objetivos específicos:
– Abordar os diferentes
conceitos e autores que foram estudados na unidade.
– Compreender sobre as
diferentes formas que o Estado pode tomar – por exemplo, autoritarismo,
democracia, monarquia.
-
Discutir os aspectos que diferenciam as formas do Estado, articulando a
realidade brasileira.
–Compreender
como e porque cada autor define o Estado de maneira diferente.
Metodologia de Ensino:
Como
é um jogo de final de conteúdo, dependem de aulas expositivas anteriores. Para
esta aula, necessita-se somente da sala dividida em grupos e das peças do
dominó que podem ser confeccionadas de material reciclável.
O
jogo é executado da seguinte forma:
v Dividir a turma em
grupos conforme o numero de alunos;
v O professor, antes de
distribuir as peças retira uma aleatória, com a qual iniciará o jogo, e o
restante dividi entre os grupos, de maneira que não sobre nenhuma;
v A partir da peça
inicial, os alunos, com a ajuda do professor, vão fazendo as ligações, ganhando
pontos em cada acerto;
v O professor tem um
papel de mediador – investigador no jogo. Conforme as peças vão aparecendo ele
vai pedindo aos grupos o que eles sabem sobre aquele conceito ou autor, e se
algum grupo acredita ter a peça que se liga naquela, se por acaso algum grupo
desviar do conceito correto, o professor deve levá-lo, por meio da discussão,
ao conceito certo;
v A pontuação serve
para que o jogo possa acabar, mesmo que as peças não tenham acabado, devido ao
tempo da aula, entretanto, ele pode ser aplicado até o fim, de maneira que
sempre, o vencedor será o grupo que fizer mais pontos.
Referencias Bibliográficas
BOBBIO, N.,
MATTEUCCI, N., PASQUINO G. (org.). Dicionário de política. Tradução de
Carmen C, Varriale et ai.; Coordenador de tradução João Ferreira; Revisão geral
João Ferreira e Luis Guerreiro Pinto Cacais. - Brasília : Editora Universidade
de Brasília, 11ª ed., 1998.
GRUPPI, L. Tudo
começou com Maquiavel. 5.ed. Porto Alegre: L&PM Editores, 1986.
TOMAZI, N.D. Sociologia
(Ensino Médio). São Paulo – SP: Ed. Atual, 2007.
QUINTANEIRO, T. , BARBOSA,M. L. O., OLIVEIRA, M.G.M. Um
toque de clássicos: Marx, Weber e Durkheim. Belo Horizonte, MG: Editora
UFMG, 2011.
TOURAINE,
Allain. O que é democracia.
Tradução: Guilherme João de Freitas Teixeira. Petrópolis - RJ: Vozes, 1996.
WEFFORT, F. C. Os
clássicos da política: Maquiavel, Hobbes, Locke, Montesquieu, Rosseau, Os
Federalistas.Vol.1 . São Paulo, SP: Ática, 2004.
Bolsista: Jaqueline Resmini Hansen
Nenhum comentário:
Postar um comentário